quarta-feira, 4 de junho de 2008

Elementos Quimícos

Elementos Quimícos 47-54


Prata Ag. Elemento metálico de transição mole, branco e brilhante. Ocorre como elemento e nos minerais argentita (Ag2S) e chifre de prata (AgCl). Também está presente em minérios de chumbo e cobre e é extraído como subproduto na fusão e refino destes metais. O elemento é usado em joalheria, utensílios para mesa, objetos de decoração, etc. Compostos de prata são usados em fotografia. Quimicamente a prata é menos reativa que o cobre. Quando a prata é exposta ao ar na presença de compostos de enxofre forma-se um sulfeto de prata escuro. Há sais iônicos com Ag(I) como AgNO3 e AgCl, e também vários complexos de prata (II).

Cádmio O nome do elemento é derivado do antigo nome da calamina, o carbonato de zinco, ZnCO3, e geralmente é encontrado associado a minérios de zinco como a esfarelita, ZnS, mas também ocorre com grinokita, CdS. O cádmio geralmente é produzido como produto associado aos processos de redução de minérios de zinco, cobre e chumbo. O cádmio é usado em ligas de baixo ponto de fusão para fazer soldas, em baterias de Ni-Cd, em ligas especiais e em processos de eletrodeposição. Os compostos de cádmio são usados como materiais de telas fosforescentes de tubos de TV. O cádmio e seus compostos são extremamente tóxicos em baixas concentrações. É essencial que se tome cuidados especiais em processos de soldagem e quando há emissão de vapores e fumaças. Suas propriedades químicas são similares às do zinco, mas apresentam maior tendência à formação de complexos. O elemento foi descoberto em 1817 por F. Stromeyer.

Índio In. Elemento metálico pertencente ao grupo do Boro na Tabela Periódica. Tem aspecto metálico, prateado, mole. Ocorre na blenda de zinco (ZnS) e em alguns minérios de ferro. A ocorrência natural de índio é de 4,23% de 113In (estável) e 95,77% de 115In (meia vida de 6 x 1014 anos). Ainda há mais cinco radioisótopos de meias vidas curtas. O metal é pouco usado: apenas em alguns processos de eletrodeposição e em ligas especiais. É usado em semicondutores nas formas InAs, InP e InSb. Com apenas três elétrons na camada de valência, o índio é um receptor de elétrons. Forma compostos estáveis de índio (I), índio (II) e índio (III). O elemento foi descoberto em 1863 por Ruch e Richter.

Estanho
Sn. Elemento metálico pertencente ao grupo do carbono na Tabela Periódica. É maleável e prateado. É encontrado como óxido de estanho (IV) nos minérios como a cassiterita (SnO2) e é extraído por redução com carbono. O metal (chamado estanho branco) passa para outra forma alotrópica a 18ºC, o estanho cinza. A formação deste alótropo é um problema e pode ser revertida por aquecimento a 100ºC. O elemento natural tem 21 isótopos (o maior número encontrado para um só elemento). São conhecidos cinco isótopos radioativos. O metal é usado em camadas de proteção em chapas de aço e constitui importante elemento de ligas (por exemplo: bronze fosforado (liga à base de cobre e estanho contendo até 1% de fósforo), liga metálica para armas de fogo, solda, metal de Babbitt e latas que são ligas geralmente com 63% de estanho, para embalagens de alimentos. Quimicamente é reativo. Combina diretamente com cloro e oxigênio e desloca o hidrogênio de ácidos diluídos. Também se dissolve em álcalis para formar estanhatos. Há duas séries de compostos de estanho, respectivamente nos estados de oxidação +2 e +4.

Antimônio Sb. Elemento metálico pertencente ao grupo do nitrogênio na Tabela Periódica. O antimônio tem várias formas alotrópicas. A mais estável tem aspecto de metal esbranquiçado. O antimônio amarelo e o preto são formas não metálicas, instáveis, obtidas a baixa temperatura. A principal fonte é a estibinita, Sb2S3 da qual ele é extraído por redução por ferro metálico ou por queima (para dar o óxido) seguida de redução com carbono e carbonato de sódio. O principal uso do metal é como elemento de liga em placas de baterias de chumbo, em soldas, em estruturas metálicas e em latas. Seus compostos são usados em tintas à prova de fogo, cerâmicas, esmaltes, vidros e borrachas. O elemento queima no ar mas não é afetado pela água nem por ácidos diluídos. É atacado por agentes ácidos oxidantes e por halogênios. Foi descrito pela primeira vez por Tholden em 1450.

Telúrio Te. Elemento do grupo do oxigênio da Tabela Periódica, metálico prateado. Ocorre principalmente como telureto em minérios de ouro, prata, cobre e níquel. É obtido como subproduto do refino de cobre. Tem oito isótopos naturais e nove radioativos. O elemento é usado em semicondutores e em pequenas quantidades em alguns aços. O telúrio também é adicionado em pequenas quantidades ao chumbo. Sua química é similar à do enxofre. Ele foi descoberto por Franz Müller em 1782.

Iodo I. Elemento não metálico pertencente ao grupo dos halogênios na Tabela Periódica, tem cor violeta escuro. O elemento é insolúvel em água, mas é solúvel em etanol e em outros solventes orgânicos. Quando aquecido produz vapor violeta que sublima. O iodo é necessário como elemento em nível de traço nos organismos vivos; em animais está concentrado na glândula tireóide como constituinte dos hormônios que ela produz. O elemento está presente na água do mar e antigamente era extraído de algas marinhas. Atualmente é obtido por deslocamento por cloro de água salgada encontrada em perfurações de petróleo. Tem um isótopo estável, o 127I, e 14 isótopos radioativos. É usado em medicina como anti-séptico suave (dissolvido em etanol, como "tintura de iodo") e na indústria de compostos de iodo. Quimicamente é menos reativo que os demais halogênios e é o mais eletropositivo deles. Foi descoberto em 1812 por Courtois.

Xenônio Xe. Gás incolor, inodoro pertencente ao grupo dos gases nobres da Tabela Periódica. Está presente na atmosfera (0,00087%) e é extraído por destilação do ar líquido. Tem nove isótopos naturais com números de massa 124, 126, 128 a 132, 134 e 136. Também são conhecidos sete isótopos radioativos. O elemento é usado em lâmpadas fluorescentes. O xenônio líquido, no estado supercrítico a altas temperaturas, é usado como solvente para espectroscopia no infravermelho e em reações químicas. O elemento foi descoberto em 1898 por Ramsey e Travers. No início da década de 1960 Neil Bartlett estudou as propriedades do hexafluoreto de platina, um agente oxidante extremamente poderoso capaz de oxidar a molécula de O2. Ele isolou o produto da reação:
O2 + PtF6 O2+[PtF6]-
Bartlett observou que a primeira energia de ionização do O2, de 1180 kJ.mol-1 = 12,2 eV, é muito próxima da primeira energia de ionização do Xe (1170 kJ.mol-1 = 12,1 eV). Além disso os tamanhos dos cátions O2+ e Xe+ são próximos e os valores calculados das energias liberadas durante a formação das estruturas cristalinas dos sais sólidos também são próximos. A semelhança de tamanho permitiria que o Xe+ ocupasse o lugar do O2+ na estrutura do sólido. Bartlett misturou xenônio e hexafluoreto de platina e obteve um sólido que ele supôs ser Xe+[PtF6]-. Verificou depois que havia obtido misturas de Xe[PtF6] + Xe[PtF6]2 , Xe[PtF6]x (1<>

ProntoO !!!